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Mostrando postagens de agosto, 2016

Gêmeos na mesma sala: sim ou não?

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Gêmeos na mesma sala: Sim ou não? Por Priscila Pereira Boy Irmãos gêmeos têm uma ligação muito forte e passam muito tempo juntos.  Os gêmeos são muitas vezes visualizados como uma unidade, e não como seres individuais, cada um com sua personalidade e características.  Desde pequenos eles dividem atenção, tempo e espaço de todos. É necessário dar a eles oportunidade de ser “eu” e não “nós”, desenvolvendo sua identidade de forma independente. No período de adaptação, principalmente no primeiro ano em que acontece a separação, pode ser um pouco difícil, pois afinal, estão juntos desde a concepção! Para amenizar, nada como muita conversa e a boa e velha parceria entre escola e família. Há uma linha de pensamento que defende a ideia de que os gêmeos devem ficar juntos, por causa da alta afinidade e do relacionamento e laço afetivo que eles têm entre si. Esta quebra de laço, de instabilidade emocional poderia afetar a aprendizagem deles. Para compro

Lidando com as vaidades

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Nos últimos tempos tem me chamado muito a atenção como a vaidade está crescendo entre as pessoas.  Não me refiro somente à vaidade física, ao culto ao corpo e à busca pela eterna juventude e beleza. Esta também está exagerada, mas me incomoda menos do que outras facetas dela.  Vaidade académica, profissional, espiritual... Eu chamo este fenómeno de "egolatria", que é o culto a si mesmo. Lidar com pessoas vaidosas requer muita paciência e atenção, porque a pessoa  vaidosa não consegue pensar de forma sistémica.  Ela é capaz de abortar um projeto só porque o seu nome não vai aparecer ou ficar em evidência. É desconfiada, sempre pensa que as pessoas estão conspirando contra ela.  Boicota seu trabalho, suas ideias, porque seu objetivo é ser o centro das atenções. O ego dela é bem inflado e se ocupa de ocupar o espaço de todo mundo.  Adora depreciar as coisas e opiniões das pessoas e o pior: necessita ter sempre razão. Se você ousa contestá-la, ela vai a

É legal ser invisível?

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Por Priscila Pereira Boy- Mestre em Educação, Pedagoga. Ouvindo uma adolescente me contar o que mais a encantou na saga “ Harry Potter", minha imaginação começou a divagar. Ela me disse que gostaria muito de ter a tal capa dele, que o tornava invisível. Fiquei imaginado a tal sensação. Poder presenciar coisas sem ser percebido. Poder transitar sem que ninguém perceba a sua presença... Outra invisibilidade que me encanta é a das amizades que vão se constituindo no mundo virtual. Tenho seguidores aqui que não tenho a mínima idéia de quem seja. Mas gostam de mim e do meu trabalho. Sem contar os amigos das redes sociais. Aspectos positivos da invisibilidade. Mas, a invisibilidade tem lá seus aspectos negativos. Sentir-se invisível sem querer ser invisível. Ser desconsiderado. Não ter voz. O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali, constatou que, ao olhar da maioria, os tr

O racismo existe ou é invenção?

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Sinto-me especialmente incomodada com algumas situações que presencio.  São amigas que se referem às suas empregadas como seres menores, são colegas acadêmicos que se referem a alunos ou a outras pessoas como menos capazes, são pessoas que comparam a situação socioeconômica das outras, julgando se teriam ou não condições de fazer alguma viagem, comprar em determinada loja, comer em algum restaurante e por aí vai. Sem contar as referências aos negros, aos homossexuais, às loiras... E não posso deixar de citar as pessoas com necessidades especiais. Com essas fazemos pior: como não é socialmente aceitável rejeitá-las, travestimo-nos de piedade e misericórdia e damos a elas um tratamento aparentemente inclusivo. Eu não posso dizer que as pessoas que se portam dessa forma o fazem de maneira proposital. O fato é que, no cotidiano, usamos palavras ou expressões que, de tão arraigadas, passam despercebidas, mas carregam em si o flagelo do preconceito. Preconceito velado, o q